quinta-feira, 6 de junho de 2013

No México, Scooby surfa pela 1ª vez após queda no Taiti: 'Ainda sinto dor'

Ao lado de Maya Gabeira, Felipe Cesarano e Pedro Manga, surfista encara ondas de até 10 metros na Praia de Pascuales e supera acidente de maio

Por Raphael Andriolo Colima, México



Menos de um mês depois de sofrer um acidente feio surfando no Taiti, que lhe rendeu um corte profundo no joelho direito, Pedro Scooby voltou ao mar pela primeira vez nesta quinta-feira. Ao lado dos companheiros Felipe Cesarano, Pedro Manga e Maya Gabeira, o surfista de ondas gigantes e marido da atriz Luana Piovani encarou ondas de até 10 metros na Praia de Pascuales, no norte do México.
Pedro Scooby Mexico ondas gigantes junho 2013 (Foto: Tiago Navas)
Pedro Scooby volta ao mar pela primeira vez após acidente no Taiti
(Foto: Tiago Navas)
O carioca de 24 anos ainda não está totalmente recuperado da queda no Taiti. Na ocasião, ele voltou ao Brasil antes do programado para começar o tratamento, já que estava andando com dificuldade e precisou até do auxílio de uma cadeira de rodas. Apesar de ainda sentir dor e não estar 100%, Scooby decidiu arriscar e não quis perder as boas ondas no México, que, segundo ele, chegaram a 25 pés (de 8 a 10 metros).
Pedro Scooby se dá mal nas ondas do Taiti (Foto: Reprodução/Instagram)
Scooby mostra a perna ensanguentada após
acidente no Taiti (Foto: Reprodução/Instagram)
- Foi a primeira vez que entrei na água depois do acidente. Fiquei feliz porque consegui pegar boas ondas, mas ainda sinto dor. Não estou 100%. Meu joelho voltou a inchar, mas estou colocando gelo, tomando anti-inflamatório e passando pomada cicatrizante, porque o corte não está completamente cicatrizado - contou o surfista ao GLOBOESPORTE.COM.
Depois que voltou do Taiti, Scooby aproveitou o tempo livre para tirar férias com a esposa e o filho Dom. Os três foram para Paris e aproveitaram para assistir a um jogo do Grand Slam de tênis de Roland Garros, na capital francesa. De volta ao Brasil, Scooby prestigiou o amistoso entre Brasil e Inglaterra, no novo Maracanã. Nesta semana, ele embarcou para o México e comemorou seu retorno ao mar:
- Não queria perder esse swell que prometia ser o melhor do ano aqui no México. Graças a Deus deu tudo certo!
Maya Gabeira Mexico ondas gigantes junho 2013 (Foto: Tiago Navas)
Maya Gabeira quase some nas ondas da Praia de Pascuales,
no México (Foto: Tiago Navas)
Pedro Manga Mexico ondas gigantes junho 2013 (Foto: Tiago Navas)
Com a ajuda do jet ski, Pedro Manga entra na onda
(Foto: Tiago Navas)
Felipe Cesarano Mexico ondas gigantes junho 2013 (Foto: Tiago Navas)
Felipe Cesarano também aproveita o swell no México
(Foto: Tiago Navas)
Pedro Scooby Mexico ondas gigantes junho 2013 (Foto: Tiago Navas)
Pedro Scooby recebe o auxílio do jet ski para ir em busca da melhor
onda (Foto: Tiago Navas)

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Gabriel Medina e Kelly Slater ignoram notas ruins e brilham no Rio Pro

Brasileiro e americano se destacam na primeira rodada do WCT no Brasil

Por Leo Velasco Rio de Janeiro


As condições podiam não ser as ideais nesta quinta-feira, no Postinho, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Muitos surfistas reclamavam das ondas ao deixar a água. Não avisaram a Kelly Slater e Gabriel Medina. O veterano americano e o jovem brasileiro deram show e avançaram para a terceira rodada da competição, com direito a grandes notas e muita comemoração da torcida. Entre os brasileiros, Mineirinho também foi direto à terceira rodada, e os outros sete disputam a repescagem.
surfe gabriel medina praia da barra wct rio (Foto: Wagner Meier / Agência Estado)
Gabriel Medina 'voa' no Postinho para conseguir a melhor nota
do dia (Foto: Wagner Meier / Agência Estado)
Com apenas 19 anos, Medina é o surfista mais jovem a vencer uma etapa do mundial, quando tinha só 15. "Em casa", foi ele quem mais impressionou. No Rio há alguns dias, o brasileiro viu o tempo de estudo do clima carioca ser recompensado. Foi dele a maior nota do dia ao lado do sul-africano Jordy Smith, um 9,77, e também o maior somatório, 18,00. Sem problemas, passou pelo havaiano Dusty Payne (7,26) e pelo americano Damien Hobgood (4.04).
- Estou em casa. Tem um tempo que estou aqui no Rio e tenho surfado essa onda todos os dias. Hoje nem surfei, fiquei olhando. O mar está difícil, mas achei duas ondas, duas direitas. Fiquei olhando antes e fui para o lugar que vi que as ondas estavam melhores. Estava no lugar certo na hora certa e só fiz meu trabalho – afirmou Medina.
surfe kelly slater praia da barra wct rio (Foto: Wagner Meier / Agência Estado)
Aos 41 anos, Slater mostra que ainda vai dar muito
trabalho (Foto: Wagner Meier / Agência Estado)
Com mais que o dobro da idade de Medina, o veterano Kelly Slater, de 41 anos e dono de 11 títulos mundiais, também teve grande desempenho nesta quinta. Tirou um 8,90 e um 7,40 para somar 16,30. Isso em uma bateria que o australiano Kieren Perrow somou 4,63, e o brasileiro Gustavo Fernandes somou 4,23.
- Estava um pouco difícil, fiz o meu melhor e tive um bom dia. Agora vou poder descansar e ficar observando os outros – disse Slater.
Apesar do grande desempenho dos dois, a décima bateria foi a que teve as melhores notas. Além do 9,77 de Jordy Smith, Adam Melling conseguiu um 9,57.
Gabriel Medina e Mineirinho venceram suas baterias e avançaram direto à terceira rodada. Os outros sete brasileiros estão na repescagem, que será disputada a partir desta sexta - de acordo com as condições do mar. A organização da competição encerrou o dia de disputas nesta quinta-feira.
As baterias da primeira fase masculina:
1: Patrick Gudauskas (EUA) 11,50; Josh Kerr (AUS) 10,27; e Alejo Muniz (BRA) 1,40
2: Adriano de Souza (BRA) 12,07; Yadin Nicol (AUS) 7,56; e Matt Wilkinson (AUS) 1,83
3: Sebastian Zietz (HAV) 15,66; Ricardo dos Santos (BRA) 8,93; e Taj Burrow (AUS) 8,67
4: Mick Fanning (AUS) 13,20; Filipe Toledo (BRA) 8,27; e Jack Freestone (AUS) 7,96
5: Joel Parkinson (AUS) 13,34; Messias Félix (BRA) 8,93; e Miguel Pupo (BRA) 2,47
6: Kelly Slater (EUA) 16,30; Kieren Perrow (AUS) 4,63; e Gustavo Fernandes (BRA) 4,23
7: Julian Wilson (AUS), Travis Logie (AFR), Glenn Hall (IRL)
8: Gabriel Medina (BRA) 18,00; Dusty Payne (HAV) 7,26; e Damien Hobgood (EUA) 4,04
9: Jeremy Flores (FRA) 9.37, Nat Young (EUA) 11.46, Raoni Monteiro (BRA) 9.74
10: Jordy Smith (AFR)16.94, Kai Otton (AUS) 5.53, Adam Melling (AUS) 12.44
11: Michel Bourez (TAH)9.77, Bede Durbidge (AUS) 11.27, Brett Simpson (EUA) 9.27
12: C. J. Hobgood (EUA)7.43, Adrian Buchan (AUS) 8.56, Kolohe Andino (EUA) 12.43

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Sandy: Slater adia evento beneficente e se assusta ao surfar na Flórida

Supertempestade obrigou o hendecacampeão mundial de surfe a adiar o festival que arrecada fundos para ajudar na prevenção ao câncer de pele

Por GLOBOESPORTE.COM Cocoa Beach, EUA

Kelly Slater surfa em Boynton Beach antes do furacão (Foto: Reprodução / Instagram) 
Slater surfa em Boynton Beach (Foto: Reprodução / Instagram)
A chegada do furacão Sandy fez Kelly Slater adiar em um dia um evento beneficente que organiza todos os anos em Cocoa Beach, sua cidade natal. O hendecacampeão mundial, porém, aproveitou para tentar surfar as ondas grandes que se formaram na Flórida. E se assustou com a força do mar em Boynton Beach. Veja o vídeo.
A supertempestade provocou inundações, blecautes e pelo menos 43 mortes na costa leste americana.
- Muito assustado com o que vi ontem na Flórida - escreveu o americano Kelly Slater, em seu perfil em uma rede social.

No dia seguinte, Cocoa Beach amanheceu com sol e ondas pequenas. O americano CJ Hobgood, campeão mundial de surfe em 2001, venceu o Slater Brothers Invitational, evento que arrecada fundos para ajudar no combate ao câncer de pele.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Em 'paredes' de 6,5 m, Burle fatura o Mundial de ondas grandes do Peru


Gordo, Marcos Monteiro e Danilo Couto são eliminados na primeira fase


Carlos Burle Mundial Peru (Foto: Gonzalo Barandiaran/Billabong.com)


O brasileiro Carlos Burle é o grande campeão da primeira etapa do circuito mundial de ondas grandes na remada, o BWWT, encerrada nesta terça-feira, em Pico Alto, no Peru. Em uma final com "paredões" de 6,5 metros de altura, o surfista de 44 anos derrotou os americanos Greg Long e Ken Collins, o peruano José Gómez, o chileno Ramón Navarro e o australiano Jeff Rowley e saiu na frente na busca pelo tricampeonato mundial.
Terceiro colocado na competição em 2011, o carioca Felipe "Gordo" Cesarano foi eliminado do evento logo na primeira fase, assim como o seu conterrâneo Marcos Monteiro e o baiano Danilo Couto.
- A ficha ainda não caiu, eu não esperava por essa vitória. Foi um campeonato muito disputado, com os melhores do mundo, em ondas incríveis. Uma maratona! Mas é muito gostoso sair na frente no circuito mundial. Agora é treinar para Mavericks - comemorou Carlos Burle.
A segunda parada do circuito mundial será realizada nas águas gélidas de Mavericks, na Califórnia (EUA), com janela de disputa entre 1 de novembro e 31 de março.
Confira o resultado do BWWT de Pico Alto:
1- Carlos Burle (BRA)
2- Greg Long (EUA)
3- Ken "Skindog" Collins (EUA)
4- José Gomez (PER)
5- Ramon Navarro (CHI)
6- Jeff Rowley (AUS)
7- Gabriel Villarán (PER)
7- Ben Wilkinson (AUS)
9- Jamie Sterling (HAV)
9- Will Skudin (EUA)
11- Kodiak Semch (PER)
11- Joao de Macedo (POR)
13- Sebastian de Romaña (PER)
13- Marcos Monteiro (BRA)
13- Rafael Otero (PER)
13- Kohl Christensen (HAV)
16- Nic Lamb (EUA)
16- Danilo Couto (BRA)
16- Rafael Velarde (PER)
16- Frank Salomon (AFR)
20- Peter Mel (EUA)
20- Felipe Cesarano (BRA)
20- Tamil Martino (PER)
20- Eric Rebiere (FRA)
Confira os campeões do BWWT de Pico Alto:
2003 - José Gomez (PER)
2004 - Magoo De La Rosa Toro (PER)
2006 - José Gomez (PER)
2009 - Greg Long (EUA)
2010 - Jamie Sterling (HAV)
2011 - Peter Mel (EUA)
2012 - Carlos Burle (BRA)

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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

ASP admite erro em pontuação e Kelly Slater ainda não é campeão mundial


Depois de toda a festa e alvoroço, Kelly terá que vencer mais uma bateria para ser campeão mundialFoto: Joli/Quiksilver
Na manhã desta sexta-feira a ASP (Associação dos Surfistas Profissionais) admitiu um erro de cálculo em seu ranking que resultou na coroação prematura de Kelly Slater como 11 vezes campeão mundial.
Após vencer a bateria do round 3 no WT de San Francisco, a 11ª etapa do circuito mundial, Kelly foi carregado até o palanque e recebeu o troféu de campeão mundial de 2011 da World Tour. O próprio surfista alertou do possível erro através de sua página no twitter.
“Eu ainda não sou campeão mundial!”, disse Slater após ler um comentário de um usuário no site surfline.com. Em seguida, o surfista se desculpou por anunciar o erro de cálculo para o público antes de falar com a entidade.
“Nosso sistema de ranking é desenhado para resolver empates levando em conta a pontuação no ranking”, disse Renato Hickel, diretor de eventos da ASP. “Kelly (Slater) e Owen (Wright) estavam empatados nos nove melhores dos últimos 11 resultados e o sistema colocou Kelly na frente levando em conta sua pontuação (seeding)...Isso foi um erro e de nossa total responsabilidade”. Completou Hickel.
A uma bateria do título
Para garantir o título mundial, Kelly Slater precisa vencer mais uma bateria em San Francisco, ou caso seja eliminado da competição, o surfista precisa vencer uma bateria na etapa de Pipeline (Havaí) para definitivamente levar o 11° titulo mundial.
O analista de surf da ESPN Edinho Leite comentou o ocorrido:
"Slater vai chegar para o próximo round [contra Miguel e Alejo no No Losers] com suas pranchas e o troféu debaixo do braço. Se a ASP e o próprio Slater, calculista como é, dão um escorregão desses imagine como não é para quem apenas gosta de surf ao longe. Mas, como disse Slats no Twitter: “temos muito mais coisas para nos deixar tristes. Honestamente, essa não é uma delas”, respondendo à ASP que confirmava a ele o erro ocorrido. O engraçado é que nem a ASP nem Kelly se ligaram do erro, detectado por sei lá quem, que deveria ser contratado para fazer as contas daqui para frente."
"Bom, para quem duvidava está aí. Kelly Slater vai comemorar pela 12ª vez um título mundial. Dessa vez foi bem mais fácil e rápido do que qualquer um poderia pensar. Afinal, quebrar recordes é com ele."
Kelly Slater trá que pegar mais algumas ondas e vencer uma bateria para levar o título de 2011
Kelly Slater trá que pegar mais algumas ondas e vencer uma bateria para levar o título de 2011Crédito da imagem: Joli/Quiksilver
Cenários que definirão o título 2011 da ASP World Tour- Caso Kelly vença uma bateria do Round 4 ou 5 (Apenas vença uma bateria) em São Francisco, ele será campeão.- Caso Kelly seja eliminado da competição em São Francisco, Owen Wright precisa vencer o evento para o título ficar em aberto.-Se a decisão do circuito for para o Havaí, Kelly precisa vencer apenas uma bateria para se garantir como campeão. Caso Kelly seja eliminado logo no início no Havaí, Owen precisaria vencer para continuar na corrida ao título.- Se Kelly for eliminado das duas etapas, e Owen vencer as duas etapas, a decisão do título estaria nas mãos da ASP que calcularia a pontuação dos dois surfistas e efetuaria outros critérios de desempate.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Scooby deixa o que for para ir atrás de ondas gigantes


Pedro Scooby no dia de surfe extremo em Teahupoo, no Taiti
Pedro Scooby no dia de surfe extremo em Teahupoo, no Taiti

Discípulo de Burle e casado com a atriz Luana Piovani, surfista carioca interrompeu até lua de mel por dia épico no Taiti: 'Vou do céu ao inferno'

Ele tem 23 anos e, desde os 17, é pago para correr o mundo atrás de ondas perfeitas. Mas, nos últimos meses, o perfeito ficou pequeno. Pedro “Scooby” Viana entrou em um desafio maior. Bem maior. Começou a se arriscar em ondas gigantes, com a ajuda de dois especialistas: Carlos Burle e Felipe "Gordo" Cesarano. A estreia no tow-in, surfe puxado por jet-ski, foi em Teahupoo, a praia dos crânios quebrados. E não teve nem direito a ensaio. Curtia a lua de mel em Bora Bora com a atriz Luana Piovani quando soube da ondulação que chegava ao Taiti. Se ela ficou chateada?

- Abandonei tudo. Ela me deu maior força. Qualquer outra mulher poderia falar “Não acredito que vai me abandonar no meio da lua de mel”. Mas ela me apoiou. Foi para a Califórnia e me esperou lá. Ela não gosta de assistir ao vivo. É melhor ver só por foto. Fica bonito - ri.

A sessão de Teahupoo foi especialmente perigosa (veja na reportagem do Esporte Espetacular). Maya Gabeira, que, assim como ele, estava sendo puxada por Burle, levou cinco ondas na cabeça. Felipe Cesarano, o Gordo, e Rodrigo "Koxa" também contabilizaram cortes e lesões. Bruce Irons, irmão de Andy Irons, foi outro que surfou naquele 27 de agosto. Kelly Slater, decacampeão mundial, estava ali perto, mas não entrou no mar.

- Com 23 anos peguei uma onda que muita gente vai embora dessa vida sem pegar. Vai marcar minha carreira pelo resto da vida - conta Scooby, que participará do programa da TV Globo "Nas Ondas 3".
Muita gente não trocaria um escritório por uma onda de 50 pés (cerca de 15m) na cabeça"
Scooby

No fim da adolescência, cansado de competir em ondas ruins, Scooby decidiu virar freesurfer. Hoje, só disputa os campeonatos que tem vontade. Já a paixão pelas ondas grandes surgiu meio por acaso, no ano passado. Ele estava em Puerto Escondido, no México, quando se viu diante de uma oportunidade de ouro. E a encarou. Surfou uma das maiores ondas de uma sessão épica e, com ela, concorreu a dois prêmios conceituados. Era a senha de que estava remando para o lado certo.

- O freesurfer não é reconhecido pelo título que ganha, e sim pelo talento. Roda o mundo atrás das melhores ondas. O big rider, além disso, roda o mundo buscando as maiores ondas. Não posso dizer que sou um big rider. Sou um freesurfer. Gosto de fazer de tudo. Sempre me destaquei por causa dos meus aéreos, mas quero ser um cara completo.

Viajar a lugares paradisíacos em busca de ondas perfeitas. É o emprego dos sonhos?

- Sim e não. Eu vou do céu ao inferno. Sim, eu pego as melhores ondas do mundo, vou aos lugares mais perfeitos, ganho para isso, faço o que gosto. Mas muita gente não trocaria um escritório do centro da cidade por uma onda de 50 pés (cerca de 15m) na cabeça. Tanto que o grupo de surfistas de ondas grandes é bem pequeno.

Na vida pessoal, Scooby também está em uma nova fase. Completou 23 anos no mês passado e, neste, recebeu a notícia de que será pai.

- Fiquei emocionado. Sou um cara muito família. Quando você é uma pessoa assim, sempre imagina encontrar uma mulher que ame e construir uma família.

O mundo dos artistas ainda é novidade. Assusta um pouco. Mas para quem está acostumado a encarar ondas gigantes...

- Não me incomodo porque na maioria das vezes sei que não é comigo. Há assédio, claro. Não há como evitar, impedir que fiquem em cima. Tento ficar tranquilo e não ligar.

Luana e Scooby se conheceram durante o Carnaval deste ano, no Rio. Pouco tempo depois já estavam morando juntos, no Leblon. E o que antes, para ele, era apenas uma trivialidade do dia a dia passou a ser um momento, às vezes, de tensão.

- Eu me incomodo quando quero ficar só eu e ela e invadem esse momento. Você está passeando na rua e tentam invadir a sua privacidade. Não é uma coisa legal você descer para comprar um jornal e vir alguém fotografar. Nunca fui desse meio. Vivo no mundo do surfe. Não virei um artista, nada disso. Ela continua sendo atriz, respeito o trabalho dela, e ela respeita o meu - conta o surfista que, em breve, terá um programa em um canal de TV por assinatura.

No fim do ano, Scooby vai para o Havaí. Sonha conhecer a mítica onda de Jaws, na ilha de Maui. Luana, de novo, acompanhará apenas de longe. 

terça-feira, 31 de maio de 2011

Mineirinho cai na estreia, e Jadson André tem bom retorno a Imbituba


Após vencer Kelly Slater na final da etapa brasileira do Circuito Mundial no ano passado, potiguar vence bateria na estreia do WQS seis estrelas prime


As boas ondas da Praia da Vila eram o cenário perfeito para o início do WQS seis estrelas prime de Imbituba, Santa Catarina. Não para todos. Enquanto o australiano Yadin Nicol foi o grande destaque do dia, com a primeira nota 10 do campeonato, Adriano de Souza, o Mineirinho, líder do ranking mundial, repetiu o mau desempenho em Saquarema e foi eliminado logo na estreia, assim como o também top Heitor Alves.
jadson andre surfe (Foto: Daniel Smorigo/ ASP)
Jadson André arrisca uma manobra no WQS de Imbituba
(Foto: Daniel Smorigo/ ASP)
De volta ao palco onde conquistou sua vitória na etapa brasileira do WT no ano passado, Jadson André não fez feio. Venceu sua bateria e garantiu lugar na segunda rodada. O potiguar liquidou seus adversários logo nas duas primeiras. Com as notas 8,17 e 7,67 em duas esquerdas muito longas, derrotou dois surfistas da Austrália, Adam Robertson e Heath Joske, além do paulista Odirlei Coutinho.
yadin nicol surfe (Foto: Daniel Smorigo/ ASP)
Yadin Nicol levou o primeiro 10 em Santa Catarina
(Foto: Daniel Smorigo/ ASP)
- Esse lugar é especial pra mim. Nunca vou esquecer daquele dia. Era meu primeiro ano no ASP Tour e logo no terceiro evento consegui ganhar uma etapa contra Kelly Slater na final. Essa tinha sido minha última bateria aqui, agora entrei na primeira bateria do campeonato e estou super feliz por ter vencido. O mar não está fácil, correnteza forte e não tivemos a ajuda do jetski hoje. Acho que eu saí do mar umas quatro vezes lá no meio da praia e vim correndo pro canal pra entrar de novo, mas valeu porque consegui passar bem a bateria - afirmou Jadson.
Vice-campeão no WQS de Saquarema, Raoni Monteiro chegou a Imbituba cansado, mas conseguiu um lugar na segunda fase ao passar em segundo em sua bateria de estreia.
- Foi correria. Ontem (segunda-feira) o mar estava grandão lá em Saquarema, difícil pra caramba, tirou todas as minhas energias, cheguei aqui 3 horas da manhã, direto do aeroporto para o hotel, nem jantei e estou me sentindo bem cansado. Eu só dormi 4 horas e já vim pra praia, meio tonto ainda, sem forças, tanto que eu nem consegui surfar direito. Ainda bem que a bateria foi fraca, minha maior nota foi 5 e pouco, mas consegui passar e é isso que importa.
Nesta terça-feira, foram realizadas 16 das 24 baterias da primeira fase. Às 7h30m desta quarta-feira, a organização fará a chamada para as baterias restantes. A programação ainda prevê a realização de oito baterias da segunda fase.
Confira a classificação das baterias
PRIMEIRA FASE:
01: 1-Jadson André (BRA), 2-Adam Robertson (AUS), 3-Heath Joske (AUS), 4-Odirlei Coutinho (BRA)
02: 1-Jessé Mendes (BRA), 2-Yuri Sodré (BRA), 3-Glenn Hall (IRL), 4-Messias Felix (BRA)
03: 1-Rodrigo Dornelles (BRA), 2-Nic Muscroft (AUS), 3-Brandon Jackson (AFR), 4-Tanner Gudauskas (EUA)
04: 1-Mason Ho (HAV), 2-Raoni Monteiro (BRA), 3-Kolohe Andino (EUA), 4-Caio Ibelli (BRA)
05: 1-Julian Wilson (AUS), 2-Hizunomê Bettero (BRA), 3-Dale Staples (AFR), 4-Pablo Paulino (BRA)
06: 1-Aritz Aranburu (ESP), 2-Travis Logie (AFR), 3-Eric Geiselman (EUA), 4-Alain Riou (TAH)
07: 1-Tom Whitaker (AUS), 2-Ben Dunn (AUS), 3-Jean da Silva (BRA), 4-Charlie Brown (BRA)
08: 1-João Abreu (BRA), 2-Bernardo Pigmeu (BRA), 3-Hodei Collazo (ESP), 4-Heitor Alves (BRA)
09: 1-Nathan Yeomans (EUA), 2-Paulo Moura (BRA), 3-Joan Duru (FRA), 4-Willian Cardoso (BRA)
10: 1-Wiggolly Dantas (BRA), 2-Granger Larsen (HAV), 3-Robson Santos (BRA), 4-Jihad Khodr (BRA)
11: 1-Gabe Kling (EUA), 2-Ricardo Santos (BRA), 3-Marc Lacomare (FRA), 4-Chris Waring (EUA)
12: 1-Lincoln Taylor (AUS), 2-Flavio Nakagima (BRA), 3-Shaun Joubert (AFR), 4-Adriano de Souza (BRA)
13: 1-Damien Hobgood (EUA), 2-Austin Ware (EUA), 3-Ian Gouveia (BRA), 4-John John Florence (HAV)
14: 1-Nat Young (EUA), 2-Maxime Huscenot (FRA), 3-Simão Romão (BRA), 4-Tim Boal (FRA)
15: 1-Yadin Nicol (AUS), 2-Royden Bryson (AFR), 3-Gony Zubizareta (ESP), 4-David do Carmo (BRA)
16: 1-Kiron Jabour (HAV), 2-Leandro Bastos (BRA), 3-Caetano Vargas (BRA), 4-Tonino Benson (HAV)
Baterias que vão abrir a quarta-feira:
17: Patrick Gudauskas (EUA), Leonardo Neves (BRA), Stu Kennedy (AUS), Jack Freestone (AUS)
18: Gabriel Medina (BRA), Junior Faria (BRA), Jano Belo (BRA), Tomas Hermes (BRA)
19: Dion Atkinson (AUS), Masatoshi Ohno (JAP), Dylan Graves (PRI), Gustavo Fernandes (BRA)
20: Luel Felipe (BRA), Shaun Cansdell (AUS), Pedro Henrique (BRA), Fabio Carvalho (BRA)
21: Miguel Pupo (BRA), Thiago Camarão (BRA), Neco Padaratz (BRA), Marco Polo (BRA)
22: Cory Lopez (EUA), Kai Barger (HAV), Jeronimo Vargas (BRA), Romain Cloitre (FRA)
23: Billy Stairmand (NZL), Richard Christie (NZL), Davey Cathels (AUS), Chris Ward (EUA)
24: Matt Wilkinson (AUS), Jay Quinn (NZL), Blake Thornton (AUS), Tanio Barreto (BRA)
SEGUNDA FASE
01: Jadson André (BRA), Raoni Monteiro (BRA), Jessé Mendes (BRA), Nic Muscroft (AUS)
02: Adam Robertson (AUS), Mason Ho (HAV), Yuri Sodré (BRA), Rodrigo Dornelles (BRA)
03: Julian Wilson (AUS), Ben Dunn (AUS), Aritz Aranburu (ESP), Bernardo Pigmeu (BRA)
04: Travis Logie (AFR), Tom Whitaker (AUS), Hizunomê Bettero (BRA), João Abreu (BRA)
05: Nathan Yeomans (EUA), Wiggolly Dantas (BRA), Ricardo Santos (BRA), Flavio Nakagima (BRA)
06: Gabe Kling (EUA), Granger Larsen (HAV), Lincoln Taylor (AUS), Paulo Moura (BRA)
07: Damien Hobgood (EUA), Nat Young (EUA), Royden Bryson (AFR), Leandro Bastos (BRA)
08: Yadin Nicol (AUS), Austin Ware (EUA), Maxime Huscenot (FRA), Kiron Jabour (HAV)